Controle do Lupus
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Controle do Lupus
Consultas e Medicamentos.
Acompanhamento Médico
O tratamento do Lupus Eritematoso Sistêmico vai depender muito das manifestações clínicas e laboratoriais da doença. Isto significa que para avaliar adequadamente um paciente o reumatologista precisará analisar as suas queixas, que podem ou não ser atribuídas ao Lupus, fazer o exame do paciente e analisar os seus exames de sangue e urina. Muitas vezes, o paciente pode não apresentar sinais ou sintomas, mas ter anormalidades como anemia, ou plaquetas ou leucócitos baixos, só dectáveis ao hemograma.
Outra alteração que pode ocorrer, e quase sempre ocorre sem sintomas, é alteração do exame de urina, que pode detectar precocemente a presença de nefrite (comprometimento dos rins). Nem toda alteração de urina, no entanto, é nefrite e a análise cuidadosa e o acompanhamento constante destes doentes permite ao médico uma boa avaliação.
O Lupus é doença crônica e, assim, o acompanhamento médico deve ser rigoroso, sempre dependendo do quadro apresentado. Os pacientes com nefrite ou outra manifestação mais importante merecem um acompanhamento mensal, mas outros pacientes podem necessitar de um tempo maior ou menor entre as consultas.
Medicamentos
Quanto ao uso da cloroquina, ela está indicada em quase todos os casos de Lupus, principalmente os que tem envolvimento cutâneo. Existem dois tipos de cloroquina disponíveis: o difosfato de cloroquina, utilizado entre 200 a 400 mg ao dia e que é formulado, e a hidroxicloroquina (vendida sob o nome comercial de Plaquinol - 400 mg ao dia).
Nos Estados Unidos a hidroxicloroquina é utilizada rotineiramente pois apresenta um menor índice de efeitos colaterais oculares e o controle oftalmológico pode ser mais espaçado. Aqui no Brasil, por problemas sócio-econômicos que sempre afligem nossos pacientes, utilizamos na maioria dos casos o difosfato de cloroquina , muito mais barato que a hidroxicloroquina e que apresenta excelente resposta terapêutica. Neste caso, o controle oftalmológico deve ser mais amiúde (três a quatro vezes ao ano) e, desta forma, temos ótima experiência com este medicamento no Brasil.
Quanto aos corticosteróides a prednisona (Meticorten) é a medicação indicada para os casos com manifestações mais importantes e a dose vai variar de acordo com a gravidade. Existem muitos efeitos colaterais deste medicamento, e por isto, deve ser tentada a retirada gradual, feita por médico, assim que possível e que o quadro clínico permita. A grande maioria dos pacientes necessita uma dose baixa de manutenção de prednisona.
Lilian Tereza Lavras Costallat
Professora titular de Reumatologia
Disciplina de Reumatologia
Departamento de Clínica Médica
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Bjos Dani
Acompanhamento Médico
O tratamento do Lupus Eritematoso Sistêmico vai depender muito das manifestações clínicas e laboratoriais da doença. Isto significa que para avaliar adequadamente um paciente o reumatologista precisará analisar as suas queixas, que podem ou não ser atribuídas ao Lupus, fazer o exame do paciente e analisar os seus exames de sangue e urina. Muitas vezes, o paciente pode não apresentar sinais ou sintomas, mas ter anormalidades como anemia, ou plaquetas ou leucócitos baixos, só dectáveis ao hemograma.
Outra alteração que pode ocorrer, e quase sempre ocorre sem sintomas, é alteração do exame de urina, que pode detectar precocemente a presença de nefrite (comprometimento dos rins). Nem toda alteração de urina, no entanto, é nefrite e a análise cuidadosa e o acompanhamento constante destes doentes permite ao médico uma boa avaliação.
O Lupus é doença crônica e, assim, o acompanhamento médico deve ser rigoroso, sempre dependendo do quadro apresentado. Os pacientes com nefrite ou outra manifestação mais importante merecem um acompanhamento mensal, mas outros pacientes podem necessitar de um tempo maior ou menor entre as consultas.
Medicamentos
Quanto ao uso da cloroquina, ela está indicada em quase todos os casos de Lupus, principalmente os que tem envolvimento cutâneo. Existem dois tipos de cloroquina disponíveis: o difosfato de cloroquina, utilizado entre 200 a 400 mg ao dia e que é formulado, e a hidroxicloroquina (vendida sob o nome comercial de Plaquinol - 400 mg ao dia).
Nos Estados Unidos a hidroxicloroquina é utilizada rotineiramente pois apresenta um menor índice de efeitos colaterais oculares e o controle oftalmológico pode ser mais espaçado. Aqui no Brasil, por problemas sócio-econômicos que sempre afligem nossos pacientes, utilizamos na maioria dos casos o difosfato de cloroquina , muito mais barato que a hidroxicloroquina e que apresenta excelente resposta terapêutica. Neste caso, o controle oftalmológico deve ser mais amiúde (três a quatro vezes ao ano) e, desta forma, temos ótima experiência com este medicamento no Brasil.
Quanto aos corticosteróides a prednisona (Meticorten) é a medicação indicada para os casos com manifestações mais importantes e a dose vai variar de acordo com a gravidade. Existem muitos efeitos colaterais deste medicamento, e por isto, deve ser tentada a retirada gradual, feita por médico, assim que possível e que o quadro clínico permita. A grande maioria dos pacientes necessita uma dose baixa de manutenção de prednisona.
Lilian Tereza Lavras Costallat
Professora titular de Reumatologia
Disciplina de Reumatologia
Departamento de Clínica Médica
Faculdade de Ciências Médicas UNICAMP
Bjos Dani
Daniella Pessoni- Colaboro Bastante
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Localização : São Bernardo do Campo - SP
Ano que descobriu o Lúpus : 2005
Data de inscrição : 22/01/2008
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