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Vivendo com Doentes Crônicos

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Mensagem  Daniella Pessoni Ter 07 Abr 2009, 10:15

Problemas e sentimentos.

Embora os problemas e adaptações daqueles diagnosticados com doenças crônicas tem sido extensivamente investigados, os problemas em relação aos familiares que vivem com estes pacientes tem recebido menos atenção. Pais, esposos, irmãos e filhos podem enfrentar um número de mudanças em suas vidas quando vivem com alguém com uma doença crônica. Similarmente, embora grupos de apoio sejam tipicamente disponíveis para aqueles com doenças crônicas, grupos de apoio para familiares são reduzidos.

Em um curto artigo, seria impossível discutir todos os vários e distintos aspectos que cada um possa enfrentar. Entretanto, é possível mencionar, de uma forma ampla, os vários tópicos que tem impacto nas vidas dos familiares que vivem com alguém com doenças crônicas.

O primeiro tópico é amor e altruísmo. Muitos parentes sentem alguma forma de preenchimento em viver com e contribuir no cuidado de alguém com uma doença crônica. Alguns sentem que suas vidas se enriquecem pela experiência, e a maioria não fala de “obrigação” ou “dever”. Prazer e alegria fazem parte de muitas famílias, apesar da doença crônica. Lembrem-se que embora este artigo foque nos problemas familiares, há várias famílias consideradas “normais” que tem pessoas com uma doença crônica.

Isto também explica a observação usual que se faz que a doença crônica é pior para as pessoas queridas que estão à volta do doente, do que para o próprio paciente. Entretanto, raramente os familiares concordam com esta afirmação. Mesmo as famílias que se preocupam com os pacientes apresentam problemas.

Um segundo tópico é a raiva e ressentimento. Limitar e/ou cancelar planos em função dos problemas causados pela doença é comum. Os impactos da doença crônica nos planos e expectativas da família podem ser especialmente frustrantes e imprevisíveis. Ressentimento e raiva são reações compreensíveis para os desapontamentos e planos cancelados, imaginando-se algumas vezes se o doente esteja “controlando” os parentes em função da doença.

O terceiro tópico a ser mencionado é a culpa. Apesar da certeza de que a vida não é sempre justa e que a raiva pode ser uma reação natural às frustrações que estejam aptas a acontecer, as pessoas sempre se culpam rigorosamente por estas reações negativas. As pessoas tipicamente reagem à alguma imagem do que elas “deveriam” sentir. A raiva em alguém sempre pode se transformar em culpa, e esta tendência pode ser aumentada se a raiva estiver direcionada à alguém que é visto como menos capaz de se defender ou alguém que não possa controlar as causas das frustrações.

Resumindo, seria incorreto investigar os problemas específicos de alguém que sejam causados pelo fato de se ter um parente com doença crônica. Entretanto, alguns problemas podem ter uma ênfase diferente em função da problemática da doença crônica.


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Steven J. Kingsbury - Professor de Psiquiatria
Departamento de Psiquiatria – University of Southern California, USC Medical Center

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Daniella Pessoni
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