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Dúvidas sobre o Lupus

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Mensagem  Daniella Pessoni Ter 07 Abr 2009, 09:45

Tatuagens em lúpicos
Não há contraindicação absoluta, mas, deve-se ter cuidado redobrado para evitar infecções. Não é aconselhado fazer tatuagem em pacientes em uso de altas doses de corticóides ou de imunossupressores. Está contra-indicada em pacientes com plaquetopenia (contagem baixa de plaquetas).

Implantes de silicone em lúpicas
Embora não haja consenso, há a possibilidade do implante de silicone desencadear resposta auto-imune, portanto, somente deve ser realizado em paciente que realmente possam se beneficiar com esta cirurgia. Não se recomenda fazer a cirurgia em pacientes com dose alta de corticóides ou em uso de imunossupressores, assim como na fase ativa da doença.

Lupus, fígado e intestino
O comprometimento do fígado costuma ser de pouca importância clínica, geralmente manifesta por algumas alterações laboratoriais (aumento das enzimas hepáticas), mais raramente pode causar hepatite devido ao lupus. Quanto ao intestino, muito raramente pode ocorrer ulcerações ou isquemia devido a inflamação do vaso que nutre o intestino.

Medicina ortomolecular e lupus
Não há estudos científicos comprovando a eficácia do tratamento ortomolecular no lupus.

Saúde bucal x lupus

Pacientes com lupus podem ter uma outra doença autoimune associada, chamada síndrome de Sjogren, que causa boca seca. Nestes pacientes a higiene oral deve ser reforçada, pois favorece a formação de cáries. O lupus também pode causar pequenas úlceras na boca ou outras lesões menos frequentes que deverão ser avaliadas pelo médico.

Lupus discóide x Lupus sistêmico

Denomina-se lupus discóide, pacientes que apresentam apenas este tipo de lesão e com comprometimento exclusivo da pele. As chances de um paciente com lupus discóide evoluir para uma forma sistêmica da doença é muito baixa (em torno de 6-10%). Por outro lado, pacientes com lupus sistêmico podem apresentar lesões discóides. Mas, nesse caso, o paciente terá outras queixas além das lesões cutâneas.

Atividades recomendadas
Pacientes com lúpus sem comprometimento articular importante e com a doença controlada poderá realizar qualquer atividade física. Restrições são feitas para pacientes com comprometimento cardíaco, renal ou muscular que tenham causado disfunção nestes órgãos ou sistemas. Atividade física regular como caminhada, natação, hidroginástica etc., são recomendadas para os pacientes de um modo geral e traz importantes benefícios. Importante respeitar os limites do corpo e lembrar de fazer aumento progressivo e gradual das atividades.

Pesquisas no Brasil

Embora haja pouco apoio financeiro, há diversos centros universitários com grupos interessados em pesquisa em lupus, como a UNIFESP/Escola Paulista de Medicina, USP, UNICAMP e outros.

Lupus e câncer

Infelizmente a existência de uma doença, incluindo o lúpus, não evita o desenvolvimento do câncer. Portanto, quem tem lupus também pode ter câncer.

Lupus em crianças
A criança com lúpus, geralmente tem além do problema da própria doença, outras dificuldades relacionadas ao desenvolvimento físico e psicológico. Assim, é mais difícil para a criança aceitar restrições como o de evitar exposição ao sol, a necessidade de um tratamento contínuo e, principalmente, aceitar a necessidade de tomar medicações que causam efeitos colaterais. É necessário explicar à adolescente com lúpus a importância do uso de medicações, como os corticoesteróides, apesar desta poder fazer ganhar peso e causar acne.

É importante também salientar que outras medidas para evitar estes efeitos colaterais estão sendo tomadas (utilizar a menor dose possível de corticóide, associar outras drogas para poupar corticóide etc.). Há necessidade de se ter um grande apoio da família e amigos e um ótimo relacionamento da criança com o médico, assim como, a melhora da auto-estima destas crianças. Entretanto, deve-se ter o cuidado de não dar à criança uma superproteção que a impeça de desenvolver e crescer como qualquer outra criança. Deve-se estimular e facilitar a continuação dos estudos, evitando a perda do ano letivo para que as crianças não percam ou se distanciem dos colegas da mesma faixa etária. A cooperação e participação da criança são também importantes no tratamento.

Profa. Dra Emilia Inoue Sato
Profa. Titular da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo

Nota: as dúvidas individuais devem ser comentadas com o médico que acompanha cada paciente, pois cada caso pode ter particularidades, tornando difícil dar respostas genéricas.

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Daniella Pessoni
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